
Quando eu tinha 16 anos eu comecei a trabalhar em uma empresa. O trabalho era um saco. O salário era médio, mas a galera era muito muito boa. Foi a primeira vez que eu ouvi o bordão “Eu ganho pouco, mas me divirto!”. Muito válido por sinal.
Aos poucos o pessoal vai saindo, fazendo a vida em outros lugares, assim como eu. Inacreditavelmente conseguimos manter a amizade, o inacreditável fica por conta de morarmos absurdamente longe e sermos pessoas bem diferentes. Ainda assim conseguimos nos encontrar algumas vezes por ano, falamos pelo telefone e causamos nos emails “responder à todos”. Não tenho nenhuma experiência similar de nenhum outro emprego, no máximo um ou dois amigos remanescentes.
Como eu era adolescente a maioria das pessoas era um pouco mais velha que eu. Aí que começa meu problema: Meus amigos estão se casando.
A Priscila e o André. O Osmar e a Michele. Não posso deixar de ficar feliz por eles: eles estão felizes! Nada vai mudar na nossa amizade, pelo menos por enquanto, mas ainda assim fica aquela sensação estranha, meio que induzindo todo mundo a adultescer.
A Pri me convidou para ser madrinha dela. Eu fiquei mega feliz. Não lembro da última vez que me senti assim. Sei das responsabilidades que vêm junto com esta posição e isso só me fez pensar em como ela confia em mim.
Se um dia me casar eu acho que não vou querer saber dos tradicionalismos. Um dia assistindo um culto da igreja Bola de Neve na internet o pastor simplesmente mencionou que havia um casal em matrimônio naquela noite, eles subiram no altar e a igreja fez uma oração: Pronto, o culto continuou normalmente.
Eu quero me casar em Las Vegas. Já pensou? E quero que a parte religiosa seja no fundo do mar! Antes que você me diga que isso não faz sentido declaro que o fundo do mar é o lugar mais lindo que existe, não tem como deixar de enaltecer a soberania e a criatividade de Deus.
Mesmo não tendo filhos eu gosto de ler livros sobre educação. Mesmo sendo solteira gosto de ler livros sobre a vida conjugal. Eu gosto mesmo de ler livros.
Acabo de ler um livro do escritor Gary Chapman: As cinco linguagens do amor. Retratando os diferentes tipos de personalidade ele diz que cada um desenvolve uma linguagem específica para que se sinta amado. Resume este raciocínio em cinco tópicos:
Palavras de Afirmação: Pessoas que precisam ser elogiadas e precisam de palavras motivacionais em relação aos seus projetos.
Qualidade de Tempo: Pessoas que precisam passar algum tempo diário com a pessoa amada, tempo de qualidade, ou seja, sem interrupções e sem televisão.
Receber Presentes: Pessoas que precisam receber presentes, não importando muito o valor financeiro e sim o simbolismo. As mulheres sabem bem o que é isso: Um buquê de flores faz milagres.
Formas de servir: Nossa sociedade ainda sofre com a jornada dupla feminina pois muitas pessoas andam seguindo o modelo de casamento dos seus pais. Para algumas pessoas dividir as obrigações de casa representam amor pelo simples fato de que a outra pessoa se importa.
Toque Físico: A pessoa precisa ser tocada, abraçada e afagada. Como também tem relação com a vida sexual do casal a maioria dos homens se identifica de cara, mas depois de algumas análises é possível diagnosticar com precisão a linguagem de cada um.
É claro que eu coloquei de maneira bem resumida e o escritor oferece um sem-número de exemplos. A minha linguagem principal é Qualidade de Tempo – qualquer um que me conhece sabe – minha segunda linguagem é Toque Físico.
Nossa, eu acho que eu sou muito carente rs.
Enfim aos meus amigos eu desejo felicidade eterna, superem os problemas e escolham o amor (SEMPRE).
Essa é a melhor lição de todas: Escolha o amor!