quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Muquifo

Quando digitei o rascunho deste post o Word não reconheceu a palavra do título. Procurei no dicionário mirrado que tem aqui em casa e também nada.
Portanto vamos a minha definição.
Muquifo – Bar, boteco ou budega que funciona para abastecimento de bêbados assumidos e alcoólicos anônimos.
Constantemente classificados como “Fecha Nunca”, tenho o prazer de conviver com um destes a um quarteirão de distância. Neste caso em particular, devo mencionar, o bar fecha as segundas-feiras, de maneira que o final de semana dos freqüentadores tem 6 dias. Uma espécie de 6X1 ao contrário, exatamente como sonhávamos na época da escola. Algo muito semelhante ao que acontece na Câmara dos deputados.
O que me chama atenção no caso do “Fecha QUASE Nunca” é a peculiaridade dos gostos musicais. Vou citar um exemplo de músicas que foram tocadas em seqüência. Não sei o nome de alguns títulos e nem de alguns cantores então vou incluir alguns trechos de maneira que você entenda o que eu quero dizer.

“Sou errada, sou errante, sempre na estrada, sempre distante...” (Nada Sei – Kid Abelha)

“Toda vez que eu chego em casa a barata da vizinha ta na minha cama...” (dispensa comentários)

“Você nasceu pra mim, eu nasci pra você, eterno amor é sempre assim que deve ser...” (Sampa Crew, eu acho)

“Eu sou mineiro uai, é bom demais, não tem como duvidar. O meu tempero uai, mineiro faz quem provar se amarrar...”

Eu não provei e nem me amarrei.
Podemos tirar duas conclusões a respeito do gosto musical deste pessoal. A mais óbvia é o fato de serem bem ecléticos e a segunda é que de maneira nenhuma já fizeram um download pela internet.
Eu nunca fui de dormir ouvindo música. Ultimamente para me desvencilhar do contexto, meus fones de ouvido imploram para dormir na minha cama. Como criança com pesadelo em dia de chuva.
Há muito tempo não tenho sentido o cheiro do silêncio. Apenas o gosto do barulho.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

XX XY

Dizem que um mesmo gene masculino é responsável por três habilidades:

Baliza
Acender a Churrasqueira
Entender a regra do impedimento

Vamos aos fatos:

Baliza – Não quero ser machista, nem nada. Até porque existe uma explicação evolutiva para isso. E já fiz uma pesquisa entre minhas amigas e a maioria delas (não todas) precisa de uma vaga para dois carros e então talvez consigam estacionar um. Eu disse talvez.

Acender a churrasqueira – Uma vez viajei com umas amigas da faculdade. Ferramo-nos. Levamos cerca de três horas para conseguir acender a churrasqueira. Eu já tinha comido um miojo, admito. Depois disso nós revezamos em turnos para “cuidar” do fogo. Até na hora de dormir uma pessoa sempre era responsável por manter a brasa acesa. Algo como “A guerra do fogo”, aquele filme que todo mundo tem cara de macaco e ficam se matando por causa de um palito de fósforo.

Entender a regra do impedimento – Ah disso eu entendo. Sei também o que é vantagem. Sei dos resultados da rodada, e das chances do São Paulo. Sei que Dagoberto não é só um nome de dinossauro rs. Acho que sou um pouco menino. Brazil’s Lady Gaga

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pouco Caso

Um presente. Um jantar. Um ingresso.
Um email. Uma mensagem. Uma ligação.
Um chocolate. Um bilhete. Uma ajuda.

É tão ruim quando a pessoa faz pouco caso.
Se ela soubesse...

Money Talks!

Respondi uma pesquisa recentemente e a pergunta era:
“O que falta no jornalismo brasileiro?”
Não usei nem metade das muitas linhas disponíveis. Minha resposta:
IMPARCIALIDADE
Hoje ouvi uma entrevista do Paulo Henrique Amorim na rádio e ele criticou grandes veículos de comunicação. Editora Abril, Rede Globo, Folha de São Paulo e por aí vai...
Leio a revista Veja e acho que ela cumpre seu papel de informar, no entanto percebo que ao longo dos anos foi ficando cada vez mais tendenciosa. Antigamente o espaço reservado a política era bem mais limitado e hoje engole um bom pedaço da revista. Conversando com um amigo, divagamos: Imagina o quanto a Veja não recebe com a publicação de certos escândalos. Agora imagine o quanto ela recebe pela não-publicação.
O monopólio Global sem dúvida é o quarto poder. Qualquer menção de manipulação das massas é eufemismo.
Agradeça a Deus por ter nascido na democracia da informação.
Pelo menos isso.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ria da vida dele

Um dia no escritório eu estava entediada (novidade), então fui até a mesa de uma colega puxar assunto. Conversa vai, conversa vem, começamos a falar sobre livros e ela me indicou uma série muito engraçada: Ria da minha vida, do Evandro Daolio. São textos autobiográficos onde o autor retrata com muito bom humor “causos”, romances e aventuras. Cada vez que eu pegava um livro dele eu lia de uma sentada só.
Comentei com ela que tinha adorado os livros e ela mencionou que conhecia o escritor. Me passou o site dele, onde consegui seu email e mandei uma mensagem do Outlook da empresa com a minha assinatura oficial. Qual foi a minha surpresa quando tocou o telefone da minha mesa e era ele. Imagine você estar mergulhada até o último fio de cabelo em uma narrativa e o escritor ligar para você. Eu fiquei estarrecida. Conversamos somente uns poucos minutos sobre trivialidades. Foi apenas um gesto atencioso que ele nem deve se lembrar, mas eu nunca vou me esquecer.
Por essas e outras (entenda-se seu indiscutível talento) eu sou fã e recomendo o trabalho do Evandro:

Ria da minha vida (1 2 3)
Ria da minha vida antes que eu ria da sua
Ria da minha vida antes que eu volte a rir da sua 2
Ria agora para não chorar depois

Saiba mais em:
www.riadaminhavida.com.br

Rir é a melhor vacina!

Millôr

As pessoas são sempre problemáticas. E os problemas são todos pessoais.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Epitáfio

Você aceitaria a certeza de viver até os cem anos se soubesse exatamente o dia e a hora em que vai morrer?
Eu aceitaria. De boa.
A maioria das pessoas responde que não.
Esse final de semana vi no jornal a noticia da morte da mulher mais velha do mundo (eu que achava que era a Dercy Gonçalves). Uma senhora negra, com a bagatela de 115 primaveras. Manteve durante oito meses o título de recorde no Guinness Book.
Na imagem ela parecia ter a idade da minha vó, mas piscava em câmera lenta.
Ela nasceu em 1894. Muito estranho pensar que ainda existe gente viva que nasceu nos mil e oitocentos. Até porque a substituta do recorde agora é uma asiática que nasceu em 1895.
Lembro na virada do milênio onde todo mundo dizia que o mundo ia acabar. Fiquei apavorada no réveillon de 1999 para 2000. Achei que todo mundo ia morrer. E olha que eu já tinha uns treze anos rs.
Agora me fala, como vai ser estranho daqui há algumas décadas você dizer que nasceu em 1900 e alguma coisa. Vai ser tipo Raul Seixas: Eu nasci há 10 mil anos atrás, e não tem nada nesse mundo que eu não saiba demais!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Carrie Broadshaw

Minha mãe ficou meio passada quando eu disse que hoje dificilmente alguém oficializa o namoro com o famoso “quer namorar comigo?”
Me corrijam se eu estiver errada, mas o que eu observo é o seguinte: As pessoas se conhecem e se beijam (ou vice-versa), depois começam a ser ver com certa freqüência e a conversar pelo telefone. Rolam umas afinidades e começa a parte de planejar o final de semana pensando um no outro. Tudo pode acontecer rápido ou devagar, depende das partes envolvidas. Chega-se a fase do ciúmes e é estabelecido um contrato de exclusividade. O último passo é mudar o perfil no Orkut. Pronto: Namoro.
Mas a real dificuldade é de como chamamos esse relacionamento durante as fases intermediárias?
“Eu vou ligar para o meu ficante” – Argh, parece que eu tenho 13 anos.
Já vi muitas amigas falando affair, mas acho tão sem graça.
Tudo menos “namoradinho”, além de soar como eufemismo é uma p. mancada.
Isso que dá overdose de Sex and the City.
Dúvida cruel.
Quem vê pensa que eu tenho porque me preocupar com isso.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Pergunta

Ás vezes você precisa ficar sozinho?