sábado, 31 de outubro de 2009

Na saúde e na doença



Quando eu tinha 16 anos eu comecei a trabalhar em uma empresa. O trabalho era um saco. O salário era médio, mas a galera era muito muito boa. Foi a primeira vez que eu ouvi o bordão “Eu ganho pouco, mas me divirto!”. Muito válido por sinal.
Aos poucos o pessoal vai saindo, fazendo a vida em outros lugares, assim como eu. Inacreditavelmente conseguimos manter a amizade, o inacreditável fica por conta de morarmos absurdamente longe e sermos pessoas bem diferentes. Ainda assim conseguimos nos encontrar algumas vezes por ano, falamos pelo telefone e causamos nos emails “responder à todos”. Não tenho nenhuma experiência similar de nenhum outro emprego, no máximo um ou dois amigos remanescentes.
Como eu era adolescente a maioria das pessoas era um pouco mais velha que eu. Aí que começa meu problema: Meus amigos estão se casando.
A Priscila e o André. O Osmar e a Michele. Não posso deixar de ficar feliz por eles: eles estão felizes! Nada vai mudar na nossa amizade, pelo menos por enquanto, mas ainda assim fica aquela sensação estranha, meio que induzindo todo mundo a adultescer.
A Pri me convidou para ser madrinha dela. Eu fiquei mega feliz. Não lembro da última vez que me senti assim. Sei das responsabilidades que vêm junto com esta posição e isso só me fez pensar em como ela confia em mim.
Se um dia me casar eu acho que não vou querer saber dos tradicionalismos. Um dia assistindo um culto da igreja Bola de Neve na internet o pastor simplesmente mencionou que havia um casal em matrimônio naquela noite, eles subiram no altar e a igreja fez uma oração: Pronto, o culto continuou normalmente.
Eu quero me casar em Las Vegas. Já pensou? E quero que a parte religiosa seja no fundo do mar! Antes que você me diga que isso não faz sentido declaro que o fundo do mar é o lugar mais lindo que existe, não tem como deixar de enaltecer a soberania e a criatividade de Deus.
Mesmo não tendo filhos eu gosto de ler livros sobre educação. Mesmo sendo solteira gosto de ler livros sobre a vida conjugal. Eu gosto mesmo de ler livros.
Acabo de ler um livro do escritor Gary Chapman: As cinco linguagens do amor. Retratando os diferentes tipos de personalidade ele diz que cada um desenvolve uma linguagem específica para que se sinta amado. Resume este raciocínio em cinco tópicos:
Palavras de Afirmação: Pessoas que precisam ser elogiadas e precisam de palavras motivacionais em relação aos seus projetos.
Qualidade de Tempo: Pessoas que precisam passar algum tempo diário com a pessoa amada, tempo de qualidade, ou seja, sem interrupções e sem televisão.
Receber Presentes: Pessoas que precisam receber presentes, não importando muito o valor financeiro e sim o simbolismo. As mulheres sabem bem o que é isso: Um buquê de flores faz milagres.
Formas de servir: Nossa sociedade ainda sofre com a jornada dupla feminina pois muitas pessoas andam seguindo o modelo de casamento dos seus pais. Para algumas pessoas dividir as obrigações de casa representam amor pelo simples fato de que a outra pessoa se importa.
Toque Físico: A pessoa precisa ser tocada, abraçada e afagada. Como também tem relação com a vida sexual do casal a maioria dos homens se identifica de cara, mas depois de algumas análises é possível diagnosticar com precisão a linguagem de cada um.
É claro que eu coloquei de maneira bem resumida e o escritor oferece um sem-número de exemplos. A minha linguagem principal é Qualidade de Tempo – qualquer um que me conhece sabe – minha segunda linguagem é Toque Físico.
Nossa, eu acho que eu sou muito carente rs.
Enfim aos meus amigos eu desejo felicidade eterna, superem os problemas e escolham o amor (SEMPRE).
Essa é a melhor lição de todas: Escolha o amor!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A vida secreta das palavras


Eu odeio filmes que se explicam totalmente. Se utilizarem as velhas e óbvias teorias piorou. É o caso de Vanilla Sky, o qual só recomendo por causa do Tom Cruise (na cara de pau mesmo rs).
“A vida secreta das palavras” é um filme que eu assisti por engano, achei que fosse dirigido pelo Almodóvar, mas na verdade foi dirigido por Isabel Coixet e produzido pela empresa do Almodóvar. Deu pra entender?
Nossa, falei muito agora.
“Só existem duas coisas: o silêncio e as palavras” – é um filme poético e que deixa algumas possibilidades, algumas lacunas para sua imaginação preencher. O legal disso é que a pessoa que assistiu com você terá uma opinião a respeito dos fatos e você terá outra.
É um filme que estimula a reflexão sem perturbar. É um filme bem- educado (posso falar isso?). E o Oscar de filme mais educado do ano vai para...
Acho que estou confundindo vocês, que bom. Qual seria o propósito da arte senão confundir?
Sem efeitos especiais, sem nenhuma papagaiada é um filme singelo. Feito de silêncios e de palavras.

Mudança

"Não há nada como regressar a um lugar que está igual para descobrir o quanto a gente mudou."

Nelson Mandela

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Paulista, Paulistana e São Paulina

Quem visita São Paulo diz que a cidade é cinza. Sempre nublada, muita poluição, tenho amigos que dizem que São Paulo é triste. E acho que esta é a palavra certa. Vi uma pesquisa que avaliava o quanto as pessoas se consideram felizes, de uma maneira geral (e bem geral) as pessoas de países mais desenvolvidos se consideram tristes e as pessoas de países mais pobres se consideram felizes. No meu ponto de vista este aspecto é influenciado pela complexidade e inquietação que envolve a vida das pessoas nos países mais ricos. São mais inteligentes e, portanto é mais difícil de alcançar a satisfação. Enquanto na simplicidade dos países pobres ninguém está muito preocupado com a política e com o planeta por exemplo, e vão deixando a vida levar...
São Paulo é triste. Se fosse uma pessoa estaria divagando entre filosofia e religião. Estaria ouvindo musicas depressivas e questionando a própria existência. Se fosse uma pessoa seria alguém subversivo. E é por isso que eu amo essa cidade.
Eu amo o dia cinza, eu amo quando chove e eu amo ficar parada no transito. Sério mesmo, se eu não estiver atrasada eu gosto de transito: ouço o Pânico na rádio, brinco de MSN no SMS leio a Veja, leio a Super Interessante e estudo para as provas. Acho que aprendi mais no caminho da faculdade do que na Instituição propriamente dita.
Eu amo meus amigos da zona norte, sul, leste e o oeste. Eu amo meus amigos do centro velho e do centro novo. Eu amo meus amigos de Guarulhos, de Santo André, de São Bernardo, de Osasco, de Diadema, de Carapicuíba, de Itapecerica e do Taboão.
Eu amo ir ao teatro e ao cinema. Eu amo os restaurantes de comida indiana, tailandesa, mexicana, italiana, chinesa ... e ainda sobra espaço para amar o Burger King e o Mcdonalds. Alguém falou em Big X Picanha?
Eu amo ir ao Morumbi e gritar: Vamo São Paulo! Vamo São Paulo! Vamo ser campeão!
Eu amo a Avenida Paulista e a sensação de caminhar entre as transações financeiras mais importantes do país.
Eu amo todas as livrarias de estilo mega-store.
Eu amo a Virada Cultural, o Anima Mundi e o Salão do turismo.
Eu amo a Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa, o MAM, o MAC e o Museu do Ipiranga.
Eu amo o Prédio do Banespa, o MASP, o Teatro Municipal, a Catedral da Sé e todos os orgasmos arquitetônicos.
Eu amo as pessoas que se divertem com a roupa que estão vestindo.
Eu amo ir à Vila Olímpia e achar que eu sou mais velha que todo mundo. Eu amo ir à Vila Madalena e achar que eu sou mais nova do que todo mundo. Eu amo ir à Rua Augusta e achar que eu sou mais normal do que todo mundo.
Eu amo passeios no shopping, no boliche, no videokê, no Ibirapuera e no Playcenter. E vou fazer tudo isto até os 80 anos. 
Eu amo falar que meu professor de teatro está em cartaz, mesmo tendo saído do curso há alguns anos.
Eu amo o cheiro de conhecimento das universidades tradicionais.
Eu amo andar de metrô e a sensação de que a vida andou mais rápido.
Eu amo a 25 de março e o Bom Retiro.
Eu amo o Teatro Mágico.
Eu sei que você já deve estar bufando e pensando em todos os problemas de São Paulo. Eu também penso, eu odeio a violência, o caos dos ônibus e, sobretudo odeio o descaso com a educação. Odeio a falta de respeito e a ostentação. Odeio o frio congelante do inverno e o calor derretante do verão. Odeio os preços abusivos das baladas e das roupas de grife. Odeio o preço absurdo cobrado pelos taxistas. Odeio o preço do aluguel e do custo de vida em geral.
Mas eu só odeio tudo isso porque eu amo São Paulo. E se eu dia eu for morar em outro lugar a mudança sempre será de caráter provisório. Qualquer uma pode ser a minha cidade, mas São Paulo é o meu lar.
Agora tenho que ir. Se eu perder este trem que sai agora às onze horas, só amanhã de manhã...

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Duas palavras

Eu conheci uma igreja chamada CRISTO VIVE. Duas palavras que fazem a diferença na vida de uma pessoa, simplesmente pelo fato de acreditar nelas ou não.
Esta é uma igreja que propõe uma Nova Reforma Protestante, condenando o legalismo e pregando o evangelho da graça. Valorizam o conhecimento da palavra e lastimam sua deturpação.
Apesar de descobrir seu endereço só nesta semana eu faço parte desta igreja desde que eu nasci. Melhor dizendo: não faço parte desta igreja em especifico, mas dos planos de Deus para o seu povo na história da humanidade.
Persiga o seu propósito. Pergunte ao seu Criador.
Saiba mais em: www.cristovive.com.br

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dica

Quando você passar alguns anos sem praticar esporte não comece jogando handball durante algumas horas seguidas só porque é domingo e o dia está lindo.
Times mistos entre meninos e meninas podem fazer você cuspir sangue se levar uma bolada na boca.
E quase uma semana depois os resquícios de dores nos braços, nas pernas e nas costas continuam.
Acreditem se quiser, as dores se espalham até pelos cabelos e pelas unhas.
Fica a dica ;)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ultra-Jovem

Em todas as casas com crianças a hora de dormir é sempre um problema. Convencer uma criança de que ela precisa desligar por algumas horas não é tarefa das mais fáceis. Em um livro do Max Lucado ele comenta o assunto e lembra de um episódio curioso de quando suas filhas eram crianças. Como sempre elas queriam estender a bagunça e a brincadeira e quando ele deu a voz de comando e foi até o quarto delas dar boa noite uma delas comentou “não vejo a hora de acordar”.
As crianças tem tanta sede de viver que anseiam pela hora de acordar. Nós adultos estamos tão cansados que costumeiramente comentamos “não vejo a hora de dormir”.
Que este 12 de outubro possa valer como reflexão a respeito do modo com que os pequenos levam a vida. Que este sabor de eterna novidade no olhar das crianças possa despertar nos adultos todas as vontades que estão caindo de sono.
E só para concluir com alguma irreverência acho que devemos mudar o objetivo desta data para “dia dos filhos”, assim como dia das mães e dia dos pais. Lembro de que quando eu era criança todo mundo dizia que eu devia aproveitar a fase, mas eu não entendia muito bem o caráter passageiro da infância.
Por sorte podemos aproveitar pelo resto da vida o fato de sermos filhos. Filhos de um Deus de amor que exigiu declaradamente: Seja sempre como uma criança!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Degustação

Por favor, pelo amor de Deus e por tudo que há de mais sagrado não deixem de ler a revista Super Interessante deste mês.
A reportagem de capa é um apanhado de pesquisas divididas em 22 páginas retratando “A ciência de ser você”. Quais são os aspectos neurológicos, psicológicos, sociais, antropológicos e consumidores que modelam a nossa personalidade.
Só o comecinho:

“Seus olhos acabam de bater nas manchas pretas que formam as letras desta frase e, como mágica, uma voz surge na sua cabeça. Já parou para pensar o quanto isso é estranho? Pense uns dois segundos sobre isso. Agora reflita sobre algo ainda mais bizarro: Quem estranhou a voz que surgiu do nada foi a própria voz, e é ela que segue extraindo sentido das manchas nesta página.
Não há nenhum pensamento dentro de você que ela não conheça. E tudo do lado de fora só tem o significado que ela enxerga. Na verdade, essa voz tem algo importante a dizer sobre você neste momento: ela é você. E costuma atender pelo nome de consciência.”

É ou não é totalmente excelente?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Noite da Letra V

“I gotta feeling, tonight is gonna be a good night”
“Você já ficou pelado na frente de outro homem?
Pelado que você diz é sem meia?”
“Eu odeio quando as pessoas me mandam fazer uma coisa que eu já ia fazer”
“Eu odeio quando as pessoas tentam me ensinar uma coisa que eu já sei”
“Oh carneirinho, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver”
Esses e outros assuntos foram os temas das nossas conversas na noite de sábado.
Noite esta que pode ser resumida em: Vodka, Violão, VMB e muita, mas muita Virilidade (piada interna).
É meio o que acontece quando juntamos eu, minhas amigas e alguns garotos de 17 anos.
Pareciam mais velhos, eu admito, bem mais de 18. Agora até consigo acreditar na maturidade dos personagens do The O.C.
Uma coisa é certa, a música não mentiu: Garotos nunca dizem não.