segunda-feira, 6 de julho de 2009

Só mais um post

Ele era um adolescente, bem vestido. Classe média, boa situação financeira.
Os pais divorciados e provavelmente alguma crise existencial, eu já falei que ele era um adolescente?
Como essa espécie precisa de um pouco de adrenalina há pouco ele tinha se envolvido com um grupo de pichadores, e obviamente com as pichações.
Driblar os pais era fácil, normalmente subestimam a inteligência de quem tem essa idade.
Numa dessas aventuras ele morreu. Ninguém sabe como. Apareceu baleado. E segundos antes de morrer ainda tentou fazer uma ligação. Uma ligação para o meu celular?
Como assim?
Eu nunca vi essa pessoa na minha vida. A polícia não acreditou de primeira e eu passei umas boas horas na delegacia falando “não sei”.
Quando a mãe dele chegou eu achei ela meio estranha, um pouco fria, será aquela história de não cair a ficha?
Pelo menos ela não me conhece, o que me ajuda a provar que eu não tenho nada a ver com isso.
Mas antes de qualquer coisa, melhor acordar.
Pense numa pessoa que não pára de viajar.

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